quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entre a Gaiola e a (i)moralidade.


A Imagem acima foi postada no facebook, seguida do seguinte comentário:

“EU VI LI, MAS AINDA NAO CONSIGO ACREDITAR QUE ISSO POSSA SER VENDIDO SEM RESTRIÇÕES, IMAGINA A PRÓXIMA GERAÇÃO... PREUCUPANTE (sic)!!!”

O comentário citado foi seguido por tantos outros falando sobre moralidade, infância, falta de vergonha, desrespeito a mulher, valores e bons costumes, todos assuntos importantes de serem discutidos e avaliados.
A sexualidade e os conteúdos que a ela se referem estarão sempre ligados ao ruim, ao pecaminoso e ao imoral, sendo qualquer expressão dela pura e extintiva (sem ser amortecida pelo romance, pelo amor) causadora de repulsa, angustia, medo e uma série de outros sentimentos e sensações desagradáveis. Por isso são entendíveis os comentários e a preocupação dos usuários da rede social.
O sexo e a sexualidade, apesar de fazerem parte de todo processo de crescimento e amadurecimento do sujeito como escreveu Freud em “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”, fazem parte do mundo adulto e são eles também ( os adultos) responsáveis por orientar as crianças e adolescentes com relação ao tema não permitindo o acesso informações que julguem não pertinentes para aquela faixa etária, não cabendo ao artista esta responsabilidade. A expressão artística (goste você esteticamente dela ou não) não deve ser julgada moralmente. Proibir uma expressão é tão ruim quanto tentar barrar a corrente de um rio afim de que o mesmo pare. Pode funcionar em curto prazo, mas teremos sérios problemas quando a barragem não agüentar a pressão da água. Se ela canta músicas com conteúdo sexual, existem pessoas que gostam e se expressam através dela. É gentil da nossa parte ouvir o que a massa está dizendo e pensar eticamente no conteúdo que está sendo passado. Julgar e desesperar-se não possui nenhum efeito prático. Cabe-nos também refletir o porque tal conteúdo nos afeta tanto.
O mais importante ao final, é lembrarmos que o moralismo, os valores sociais hiper sólidos e a falta de respeito com a expressão do outro são muito mais causadoras de morte e sofrimento que qualquer conteúdo sexual expresso artisticamente.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Apenas para voltar a escrever

Hoje recebi a catarse emocional que tanto precisava. Parece que os desejos foram alavancados. Por alguns instantes me mantive inerte, como qualquer ser quando tem sua intelectualidade e criatividade posta a prova. Precisava de uma mexida como a que recebi hoje. A minha sensibilidade como sempre muito forte sempre me avisa das coisas que estão por vir e meu ceticismo não me permite acreditar. Mais uma vez um tapa na cara. E uma sacudida para que eu acorde e consiga seguir o meu caminho.
Não sei vocês, mas eu tenho a impressão de estar sempre na contramão das coisas. Como se o mundo inteiro tivesse vindo contra. Não digo o mundo “mundo” mas as energias do mundo. Obviamente as energias contrarias que por alguns instantes parecem ser maiores que as favoráveis.
Quem vai na contramão do mundo precisa ter força que confesso muitas vezes não tenho, mas é preciso seguir.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Acordei meio assim

Não façamos da vida algo supérfluo e sem futuro. Não caiamos na tentação do prazer hedonista como desculpa para viver nadando por cima do mar das emoções. Só no profundo da alma é que se encontra o que temos de realmente valioso. Todas as outras coisas perdem sua importância quando estamos na nossa alma. Ficamos surdos para o mundo e conseguimos ser felizes quando enfrentamos o medo de nós entregarmos aos desejos profundos.
É assim que pode ser. Assim deve ser. Assim é a verdade de ser. Acordei assim e que assim seja.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um texto de auto defesa

sobre os assuntos mais diversos dizem-me defensor do tudo pode. Meu discurso nunca foi esse. Muita coisa não pode. O que traz essa idéia é a forma de pensar sobre as coisas e a exposição em palavras. Nada, absolutamente nada pode ser generalizado. Não sou compreensivo, zen budista, psicótico, bicho preguiça. Sou alguém comum e que facilmente (muito) irrita-se. Principalmente com discursos moralistas e chatos. Esses tem grande poder de me incomodar.

Os mais liberais muitas vezes são os mais moralistas. Importam-se em demasia com a moralidade alheia. Se a moral é chata, a moral de obrigatoriamente ser imoral (ou amoral) é mais chata ainda. É como se fosse moral multiplicada por 4. É moda e bonito ser livre, beijar quem quiser a hora que quiser, consumir o que desejar, gritar que é feliz e que vá para bem longe os bons costumes, isso tudo é muito válido. Mas e aqueles cidadãos que desejam ser moralmente “horados” que sonham em ter um bom emprego, um casal de filhos e um carro para levar sua família aos fins de semana no zoológico para alimentar macacos, seriam esses chatos só por assim serem? Por mais liberal que sejam esses seres “honrados” não me incomodam só não me faz diferença suas pompas e honras. As acho chatas. Mas confesso as vezes invejar quem tem um pensamento mais moralista e consegue viver dentro dos valores sociais vigentes apenas vendo a revolução de valores acontecer. Seria mais simples e não precisaria me defender pela forma de pensar aglutinadora de idéias e abrangente. Não precisaria me expor e poderia aguardar em paz dentro da minha fortaleza pessoal. Nesse momento faço parte da inquietude das idéias revolucionarias e é essa a minha defesa.