segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um texto de auto defesa

sobre os assuntos mais diversos dizem-me defensor do tudo pode. Meu discurso nunca foi esse. Muita coisa não pode. O que traz essa idéia é a forma de pensar sobre as coisas e a exposição em palavras. Nada, absolutamente nada pode ser generalizado. Não sou compreensivo, zen budista, psicótico, bicho preguiça. Sou alguém comum e que facilmente (muito) irrita-se. Principalmente com discursos moralistas e chatos. Esses tem grande poder de me incomodar.

Os mais liberais muitas vezes são os mais moralistas. Importam-se em demasia com a moralidade alheia. Se a moral é chata, a moral de obrigatoriamente ser imoral (ou amoral) é mais chata ainda. É como se fosse moral multiplicada por 4. É moda e bonito ser livre, beijar quem quiser a hora que quiser, consumir o que desejar, gritar que é feliz e que vá para bem longe os bons costumes, isso tudo é muito válido. Mas e aqueles cidadãos que desejam ser moralmente “horados” que sonham em ter um bom emprego, um casal de filhos e um carro para levar sua família aos fins de semana no zoológico para alimentar macacos, seriam esses chatos só por assim serem? Por mais liberal que sejam esses seres “honrados” não me incomodam só não me faz diferença suas pompas e honras. As acho chatas. Mas confesso as vezes invejar quem tem um pensamento mais moralista e consegue viver dentro dos valores sociais vigentes apenas vendo a revolução de valores acontecer. Seria mais simples e não precisaria me defender pela forma de pensar aglutinadora de idéias e abrangente. Não precisaria me expor e poderia aguardar em paz dentro da minha fortaleza pessoal. Nesse momento faço parte da inquietude das idéias revolucionarias e é essa a minha defesa.

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