segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Coisas (de pessoas) Velhas

Gente idosa tem mania de guardar coisas em um comodo dizendo que um dia podem precisar, criando um lugar cheio de quinquilharias e obstruindo um espaço que poderia ser melhor aproveitado com coisas novas. Arrisco-me a dizer que reproduzem o que aprendemos na vida. Guardar o maior número de idéias possíveis, ainda que nunca precisemos delas, ainda que essas idéias sejam disfuncionais.

No longo caminho da minha casa até a praia, conversava com um amigo estudante de pedagogia sobre aprendizagem, educação e todas essas coisas que permeiam o papo entre estudantes de humanas. Lá pelas tantas quando falávamos da importância de aprender a viver me veio como insight a seguinte idéia: “Para viver nem sempre é preciso aprender, por vezes precisamos desaprender”

Já repararam a quantidade de coisas que carregamos sem saber o porque? A quantidade de valores morais, de certezas, de pré julgamentos que fazem nossa vida se tornar mais pesada e desprazerosa. Por mais que agente saiba disso é difícil se desfazer de algumas coisas que fizeram parte em algum momento da nossa história, tanto objetos físicos, quanto idéias.

Quando crianças os nossos valores, são os valores da nossa família, além dos valores culturais e do meio. Quando adolescemos deveríamos revisitar esses valores e ficar somente com os que nos serão necessários a partir daquele momento, para que continuemos vivendo.E sempre que tivermos oportunidade revisitarmos esse “quartinho” a fim de não permitirmos o acumulo de tranqueiras. Mas não é isso que acontece. Parece que quanto mias agente vive, mais agente vai ficando pesado, e mais idéias desnecessárias vamos agregando aos nossos valores.

Por isso é importante repensar nosos valores todos sempre, julgando menos e refletindo mais. A não ser que pareça ser confortável para você ter “espírito de velho”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi! Dei uma fuxicada nas coisas aqui.
Primeiramente, parabéns! Você escreve muitíssimo bem.
Gostei de muitas de suas idéias, então resolvi seguir ok?
Um abraço, Ju.