Venho percebendo como é difícil separar o que demanda de nós e o que demanda do outro. Talvez porque vivemos esse tipo de relação na infância com os adultos fazendo o que esperavam de nós para termos nossos desejos satisfeitos.
É complicado sairmos da visão infantil para uma visão mais individualizada, conseguindo compreender o que é nosso . Quantas vezes nos pegamos indo a um evento ao qual não queríamos ir, passando por situações que não gostaríamos de passar só para não frustrar o outro?
A Idéia megalomaníaca de que temos poder sobre os anseios do outro faz com que entremos numa paranóia de ter que fazer tudo para agradar o mundo para tê-lo a nosso favor.
Existem coisas que o outro exige de nós ainda que não expresse em palavras. A questão não está em percebemos o desejo do outro, é quando nos apropriamos desse desejo e passamos angustiantemente a querer suprir o que o outro deseja e que por questões obvias nunca vamos conseguir.
Não falo aqui de cortesia, que é algo louvável. Dar a sua contribuição para deixar o outro feliz é importantíssimo . Mas de fazer-se responsável por nutrir a vida de outras pessoas que não você de sentido é um tremendo desperdício de energia. E isso ocorre muitas vezes não por escolha nossa. Colocam você no meio de uma situação, como se você tivesse a obrigação de dar uma resposta para aquilo quando muita das vezes aquilo compete a ele mesmo.
Por fim, preocupe-se com a sua vida, nunca deixando de estar disposto a auxiliar o outro quando esse precisar, mas que as questões dele continuem sendo dele, e as suas continuem sendo suas.
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Um comentário:
Claro que a gente usa máscaras o tempo inteiro, mas não precisamos mais ser adolescentes que fazem de tudo pra serem aceitos...
É hora de selecionar, e não ser selecionado...
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